No Brasil, uma a cada três mulheres já foi vítima de violência física por parte do companheiro. Uma pesquisada realizada pela ONG Instituto Promundo e pelo programa do governo norte-americano Horizons demonstra que este e outros tipos de violência estão profundamente relacionados com o machismo.
Durante um ano foram entrevistados 780 jovens entre 15 e 24 anos das comunidades de Bangu, Maré e Botafogo, no Rio de Janeiro. No trabalho também estava inserido o programa Hora H, que busca "mudar as percepções do jovem sobre o que é ser homem".
Foram realizadas entrevistas antes da implantação do programa e depois, e foi constatado que o "nível de machismo" dos jovens diminuiu. Antes da entrevista, por exemplo, 37,4 % dos jovens de Bangu e Maré disseram concordar total ou parcialmente que "existem momentos nos quais a mulher merece apanhar". No último pós-teste, esse número havia caído para 33 % dos entrevistados.
Além da violência contra a mulher, a pesquisa aponta a transmissão de doenças venéreas, acidentes de trânsito e mortes com arma de fogo como consequências diretas do machismo.
O diretor do Instituto Promundo, Gary Baker, diz que há meios de por fim a essa violência. "Nós saímos da pesquisa otimistas. É possível questionar e acabar com o machismo", concluiu. Para ele, reforçar mensagens de eqüidade entre os gêneros e dar destaque para modelos masculinos positivos são exemplos de medidas para acabar com o machismo.
O rapper Rappin Hood trabalha com a conscientização de jovens da favela Jardim de Nilópolis, em São Paulo. Ele participou da entrevista coletiva de anúncio da pesquisa feita na semana passada na sede da Organização Pan-Americana da Saúde, em Brasília. Rappin Hood afirmou que o machismo está presente no cotidiano da favela, mas também no do país. "Eu fui criado numa sociedade machista. O homem brasileiro é machista. E a mulher brasileira aceita esse machismo", afirma.
Renilda
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ResponderExcluirDifícil é entender ou aceitar o porquê uma mulher aceita atitudes machista de seu parceiro.
ResponderExcluirOuvira uma Advogada comentar outro dia que a submissão ao parceiro chega a tal ponto que elas já não conseguem enchegar outro jeito de se relacionar.
O machismo é um traço cultural forte em nossa sociedade, e nós mulheres crescemos imersos nela - a atitude submissa de mulheres é como elas aprenderam a se comportar dentro dessa sociedade. Em maior ou menos grau, todas temos algum machismo em nós mesmas e precisamos lutar contra esse que existe em nós e também contra o existente nos outros...
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